Papa diz que temas polémicos não podem ser evitados no diálogo ecuménico
04-05-2015 - 14:50
Na recepção à líder da Igreja Luterana da Suécia, Francisco sublinhou os muitos avanços que tem havido nos últimos anos, mas também colocou o dedo na ferida do muito que divide cristãos católicos e reformados.
O Papa recebeu esta segunda-feira no Vaticano a representante da Igreja Luterana na Suécia, Antje Jackelen, arcebispa de Uppsala, aproveitando a ocasião para convidar protestantes e católicos a abordarem francamente as divergências sobre as questões da sexualidade.
“A questão da dignidade da vida humana, sempre a respeitar, é de uma actualidade urgente, como são também as temáticas da família, do casamento e da sexualidade. Estas não podem ser mortas e ignoradas por medo de se pôr em perigo o consenso ecuménico já conseguido", declarou Francisco, defendendo perante Jackelen o diálogo entre a Igreja Católica e as protestantes.
Perante Jackelen, Francisco sublinhou que não é tempo para o desprezo recíproco, dizendo que os fiéis católicos e protestantes "não devem ser percebidos como adversários ou como concorrentes, mas reconhecidos por aquilo que são: irmãos e irmãs", e devem trabalhar em conjunto, nomeadamente na defesa dos seus "irmãos cristãos perseguidos" no mundo.
O Papa sublinhou os progressos conseguidos depois do Concílio Vaticano II (1962-65), nomeadamente a publicação recente de um documento comum "Do conflito à comunhão: a comemoração comum luterano-católica da Reforma em 2017".
A decisão, tomada no ano passado, de comemorar em conjunto a Reforma de Lutero, cinco séculos depois do monge alemão ter decidido publicar as suas 95 teses a criticar as indulgências no Vaticano, foi o resultado de um longo trabalho nascido do novo ambiente ecuménico que se seguiu ao Vaticano II.
Apesar de este novo ambiente ter servido para criar pontes de diálogo e de amizade, em muitos aspectos as igrejas protestantes estão ainda mais longe da Igreja Católica do que estavam antes do concílio.
As divergências fazem-se sentir nomeadamente em temas sensíveis como a sexualidade e a ordenação de mulheres, áreas em que as igrejas protestantes, sobretudo as de Estado como a Anglicana em Inglaterra e as igrejas luteranas do Norte da Europa, adoptaram posições liberais, permitindo a ordenação de mulheres e aceitando como normal a prática e até o casamento homossexual.
“A questão da dignidade da vida humana, sempre a respeitar, é de uma actualidade urgente, como são também as temáticas da família, do casamento e da sexualidade. Estas não podem ser mortas e ignoradas por medo de se pôr em perigo o consenso ecuménico já conseguido", declarou Francisco, defendendo perante Jackelen o diálogo entre a Igreja Católica e as protestantes.
Perante Jackelen, Francisco sublinhou que não é tempo para o desprezo recíproco, dizendo que os fiéis católicos e protestantes "não devem ser percebidos como adversários ou como concorrentes, mas reconhecidos por aquilo que são: irmãos e irmãs", e devem trabalhar em conjunto, nomeadamente na defesa dos seus "irmãos cristãos perseguidos" no mundo.
O Papa sublinhou os progressos conseguidos depois do Concílio Vaticano II (1962-65), nomeadamente a publicação recente de um documento comum "Do conflito à comunhão: a comemoração comum luterano-católica da Reforma em 2017".
A decisão, tomada no ano passado, de comemorar em conjunto a Reforma de Lutero, cinco séculos depois do monge alemão ter decidido publicar as suas 95 teses a criticar as indulgências no Vaticano, foi o resultado de um longo trabalho nascido do novo ambiente ecuménico que se seguiu ao Vaticano II.
Apesar de este novo ambiente ter servido para criar pontes de diálogo e de amizade, em muitos aspectos as igrejas protestantes estão ainda mais longe da Igreja Católica do que estavam antes do concílio.
As divergências fazem-se sentir nomeadamente em temas sensíveis como a sexualidade e a ordenação de mulheres, áreas em que as igrejas protestantes, sobretudo as de Estado como a Anglicana em Inglaterra e as igrejas luteranas do Norte da Europa, adoptaram posições liberais, permitindo a ordenação de mulheres e aceitando como normal a prática e até o casamento homossexual.