O paciente de 51 anos, que sofria de cirrose hepática, recebeu o fígado no passado dia 5 de fevereiro.
"O robot foi comandado pelo cirurgião principal e foi utilizado desde o início da intervenção. Permitiu por um lado a remoção do fígado do doente, e a colocação do novo fígado, executando todas as partes da operação, incluindo aquelas que são mais delicadas", explicou o Diretor da Cirurgia Geral e da Unidade Hepato-Bilio-Pancreática, Hugo Pinto Marques, médico que comandou a máquina.
O responsável sublinha a importância que a cirurgia robótica tem porque "permite realizar a intervenção através de pequenas incisões, uma delas tendo o tamanho mínimo para remover o órgão doente, e para introduzir o novo órgão".
Este tipo de intervenção "só traz vantagens", realça Hugo Pinto Marques uma vez que se trata "de uma cirurgia muito menos agressiva, permite uma mais fácil recuperação e simultaneamente utiliza este robot que é um instrumento de grande precisão, com grande detalhe, o que permite realizar com muita segurança as fases mais delicadas desta operação".
De referir que a cirurgia robótica no SNS arrancou no final de 2019. Em 2023, adquiriu o um segundo sistema, permitindo à Unidade Local de Saúde ser a primeira na constituição de um Centro de Cirurgia Robótica em Portugal, instalado no Hospital Curry Cabral, um dos sete estabelecimentos hospitalares que fazem parte da ULS São José.