Carneiro ou Assis, os candidatos "mais prováveis" da ala moderada do PS
08-11-2023 - 17:18
 • Pedro Mesquita

Em entrevista à Renascença, o socialista Álvaro Beleza aponta José Luís Carneiro e Francisco Assis como os mais prováveis candidatos da ala moderada, na linha de Mário Soares, à sucessão de António Costa no PS. O também presidente da SEDES sustenta que a solução mais acertada será deixar aprovar o Orçamento, antes de dissolver o Parlamento.

Francisco Assis e José Luís Carneiro são os nomes mais prováveis numa candidatura da ala moderada do PS à liderança do Partido. O prognóstico deixado em entrevista à Renascença pelo socialista Álvaro Beleza.

É natural que José Luís Carneiro, atual ministro da Administração Interna, tenha a ambição de avançar, quanto a Francisco Assis, presidente do Conselho Económico e Social (CES) Álvaro Beleza sente que há muitos socialistas a chamar pelo seu nome.

“Acho que os moderados no PS deverão ter um candidato e uma lista, porque o partido se quiser manter a linha que vem de Mário Soares deve ter uma candidatura e acho que vai aparecer alguém a disputar essas eleições.”

Francisco Assis ou José Luís Carneiro podem avançar? “Esses são os mais prováveis”, admite Álvaro Beleza.

“É natural que o José Luís Carneiro, que é mais novo, tenha essa ambição e que vá seguir esse caminho. Quanto ao Francisco Assis, poderia ser um ótimo candidato à Presidência da República e é natural que isto não estivesse no seu horizonte. Agora, o que sinto é que há muitos socialistas que acham que este é o momento dele avançar”, sublinha o médico.

Na qualidade de presidente da SEDES, Álvaro Beleza diz que, apesar desta crise, o Orçamento do Estado para 2024 deveria ser aprovado, com algumas correções.

“Porventura, o mais avisado será deixar aprovar o Orçamento para que, mesmo que seja outro partido a ganhar as eleições, pode sempre fazer um Orçamento Retificativo e seria melhor para a vida dos portugueses ter um Orçamento aprovado”

As questões polémicas, como o IUC, deviam ser retiradas do Orçamento? Álvaro Beleza defende que sim, mas compete ao Governo decidir.