O Papa encerrou hoje no Vaticano a última sessão de trabalhos do Sínodo 2018, saindo em defesa da Igreja Católica, apesar dos “pecados” dos seus membros.
“É um momento difícil, porque o acusador [diabo], através de nós, ataca a mãe [Igreja]”, referiu Francisco, após 25 dias de assembleia sinodal, dedicada à relação da Igreja Católica com as novas gerações.
O resultado do Sínodo, explicou, “não é um documento”, desejando que este trabalhe nos “corações” de todos os que estiveram ligados à sua redação, rezando e estudando-o.
“Os primeiros destinatários somos nós”, assinalou.
O Papa sustentou que o Sínodo “não é um parlamento, é um espaço protegido para que o Espírito Santo possa atuar”.
A intervenção evocou os cristãos “perseguidos” no Oriente e os que são vítimas de “acusações contínuas para sujar a Igreja”.
“Este é o momento de defender da mãe (Igreja)” do diabo, acrescentou o pontífice, com “a oração e a penitência”.
Francisco começou por agradecer a todos os envolvidos nos trabalhos desta assembleia, com uma palavra aos jovens pelo seu “entusiasmo”.
Esta tarde, os participantes discutiram e votaram o documento final, elaborado por uma comissão especial, com base nas observações sugeridas pelos padres sinodais, num total de 167 pontos.
Este domingo, o Papa preside à Missa que assinala o encerramento solene da assembleia sinodal, a partir das 10h00 (menos uma em Lisboa), no Vaticano; antes da bênção final, na Eucaristia, vai ser lida a carta aos jovens, escrita pelos participantes na 15.ª assembleia geral ordinária do Sínodo dos Bispos.
O encontro iniciado a 3 de outubro, sob o tema ‘Os jovens, a fé e o discernimento vocacional’ contou com a participação inédita de mais de três dezenas de jovens convidados e foi o primeiro a utilizar o português como língua oficial, nos trabalhos.
A reportagem no Sínodo dos Bispos é realizada em parceria para a Agência Ecclesia, Família Cristã, Flor de Lis, Rádio Renascença e Voz da Verdade, com o apoio da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre