Está previsto que a Força Aérea apresente um estudo até ao fim de Abril sobre a convivência da base com o novo aeroporto...
Não é até ao fim de Abril, é até hoje. Já tive a informação, confirma-se que está pronto e vai-me ser entregue esta quinta-feira, pelo chefe de Estado-Maior da Força Aérea.
Sabe qual é o resultado? Levanta problemas ao plano do seu colega Pedro Marques?
Não, o plano é do Governo. O problema que pode ser colocado é este: lá, onde apenas estava a Força Aérea, vai passar a haver parcialmente - ou integralmente no futuro - uma presença da aviação civil, num aeroporto complementar de Lisboa. A única questão que tenho de resolver não é se isto vai acontecer. É de que maneira é que vamos garantir que a Força Aérea (não ali integralmente, ou não ali de todo) vai continuar a exercer tudo o que actualmente depende da base do Montijo. Estamos a falar dos C-130, estamos a falar da própria colaboração com os helicópteros da Marinha, etc. Há um conjunto, uma espécie de catálogo de funções da Força Aérea. Agora é preciso fazer uma avaliação operacional e para onde vamos garantir que a FA continua a exercer as suas funções.
Há uma alternativa? Sabe quanto custa?
Não. O relatório vai-me ser entregue, essa é uma avaliação feita pela Força Aérea, onde seguramente irão ser elencadas propostas de solução que terão que ser cruzadas e assumidas ao nível políticas.
Mas haverá sempre soluções? Não há hipótese de esse relatório concluir que não há solução?
Terá de haver [uma solução]. Aquilo que não tem solução é a morte e não é disso que estamos a falar - e ainda assim há para quem é crente. Do ponto de vista técnico, do que se trata é garantir que no século XXI, e tendo em conta um processo de aquisições que é inevitável, como o novo avião de transporte médio, de que maneira é que vamos de forma racional, com um custo médio mais baixo, garantir que a mesma operação é assegurada pela Força Aérea.