Atraídos por anúncios nas plataformas "online" a casas com preços convidativos, muitos consumidores acabam por se deparar com realidades diferentes quando chegam ao local, mesmo depois de reservarem o alojamento com o pagamento de um sinal.
Por vezes, não encontram ninguém para os receber, noutras nem sequer casa existe.
Há até burlões que recorrem a programas de edição de imagem na internet para publicitar casas, em locais privilegiados, que não existem ou ficam noutro local/país.
Como evitar riscos desnecessários?
- Desconfie dos anúncios em que os preços são abaixo do valor de mercado
- Anúncios que existam de um ano para o outro têm maior probabilidade de ser verdadeiros. Caso tivesse havido denúncias, já teriam sido retirados
- Dê prioridade a imóveis que já tenham sido arrendados por alguém que conheça
- Desconfie de anunciantes que indiquem apenas contactos de telemóvel ou e-mail. Solicite sempre um contacto da rede fixa
- Pesquise os dados do imóvel na internet, pois poderá haver referências a burlas anteriores
- Contacte associações locais de turismo ou as câmaras municipais para tentar confirmar a legalidade do arrendamento
- As plataformas servem apenas para facilitar o negócio. Não dão garantias de que o anúncio é verdadeiro, nem se responsabilizam por ele
- Desconfie de anunciantes que exigem pagamentos rápidos e através da utilização de serviços de transferências financeiras
- Se possível, dispense um fim-de-semana para fazer uma visita
- O fecho do negócio, a assinatura de documento ou o pagamento, sempre que possível, deve ser feito presencialmente
- O pagamento com cartão de crédito é mais seguro pois os bancos têm mecanismos para controlar todas as entidades que podem aceitar pagamentos deste tipo
- Guarde todos os registos de contactos efectuados (chamadas, SMS, mails), porque podem dar jeito caso seja vítima de burla
Veja também:
Olhando para os relatórios de segurança interna dos últimos anos, verifica-se que o número de participações do crime de burla informática tem vindo a aumentar. No ano passado, foram detidas 31 pessoas. Não existem números específicos sobre o crime de burla no arrendamento de imóveis.