A Associação Nacional de Proprietários (ANP) não concorda com qualquer ação de usurpação do património dos legítimos proprietários.
A ANP reage, assim, à proposta do PS, admitindo a possibilidade de requisição de casas “injustificadamente devolutas ou abandonadas".
Os proprietários lamentam que a sua associação não tenha sido consultada e deixam claro que discorda com qualquer ação que ponha em causa o património.
“É evidente que a nossa posição de princípio é sermos contra toda e qualquer espécie de usurpação do património dos proprietários. Nós, ao longo da história, já assistimos a outras espécies de apropriações dos bens dos legítimos proprietários”, disse o presidente da ANP, António Frias Marques.
O presidente da ANP acrescenta que a sua associação foi convidada para assistir à apresentação das novas políticas de habitação do Governo, na segunda-feira, e aí ouvirá "atentamente tudo aquilo que o Governo tenha para dizer”.
Posição diferente tem a Associação dos Inquilinos Lisbonenses. O presidente do organismo, Romão Lavadinho, defende que sem a revogação da lei das rendas o problema do mercado do arrendamento nunca se vai solucionar.
“Isto é insuficiente, se não se resolver o problema da lei das rendas. Enquanto essa lei não for alterada ou revogada, é muito difícil resolver qualquer problema. Tudo isto são paliativos - importantes, necessários, é certo, mas tem de se ir além disso".