O Ministro da Administração Interna admite que toda a frota de helicópteros Kamov do Estado está parada, mas garante que têm que ser substituídos pelas empresas responsáveis pela manutenção.
Esta tarde no Parlamento, confrontado com as noticias dos últimos dias, Eduardo Cabrita esclareceu que para alem dos três aparelhos que estão inoperacionais há muito tempo dois entraram em processo de manutenção e outro terá que ser substituído em breve.
“Estamos com meios que estão em manutenção corrente e que estão substituídos nesta época baixa, por outros meios. É a chamada manutenção de dez anos de funcionamento, determinada obrigatoriamente.”
“Relativamente ao aparelho, que soubemos a semana passada que havia um problema de certificação de uma peça com a ANPC, a questão está a ser discutida”, diz o ministro, “mas já notificámos a empresa para cumprir o contrato, isto é, para indemnizar ou encontrar os meios de substituição que são aqui necessários.”
Já sobre a prometida entrada da Força Aérea na gestão dos meios afectos à protecção civil e à segurança, o ministro voltou a não se comprometer com nenhuma solução concreta. Eduardo Cabrita lembra que existe um grupo de trabalho a estudar o assunto, embora reconheça que em 2018 e 2019 ainda vai precisar de privados para gerir a frota.
“O reforço do GIPS [Grupo de Intervenção de Protecção e Segurança] será feito quer por algum recrutamento dentro dos actuais elementos, que farão uma formação específica de cerca de dois meses, quer novos elementos que farão a parte inicial da formação de nove meses, depois a formação específica do GIPS, estarão em funções na época mais crítica e depois voltarão para acabar a sua formação. A garantia é que isto não será feito à custa da força territorial.”
Ainda no âmbito da reforma do sistema de prevenção e combate aos incêndios florestais, o Ministro da Administração Interna deu esta quarta-feira mais algumas pistas sobre como pretende reforçar a GNR a tempo dos incêndios.
Parte significativa dos novos 600 elementos vai tirar o curso precisamente a trabalhar nos incêndios. “Teremos de operar ainda em 2018 e 2019 ainda significativamente com meios privados, mas teremos um reforço adicional de intervenção da Força Aérea, através de mecanismos como a vigilância térmica preventiva, utilizando aeronaves como o C295, a pedido da Protecção Civil, que estarão disponíveis em 2018.”
Tudo isto sem prejudicar o efectivo normal da GNR espalhado pelo país, garante Eduardo Cabrita.