O ministro da Saúde, Manuel Pizarro, antecipa a reunião com peritos, no Infarmed, e garante que não haverá o regresso a restrições em matéria de Covid-19.
“Seria indelicado antecipar o que os peritos nos vão dizer, mas para tranquilidade da opinião pública não há nenhuma intenção nem necessidade de regressar, a curto prazo, a quaisquer medidas que envolvam estado de alerta ou imposições em matéria de saúde pública, declarou Manuel Pizarro, em conferência de imprensa, no final da reunião do Conselho de Ministros, em resposta a uma pergunta da Renascença.
"Isso está completamente afastado. Nós continuamos a monitorizar atentamente a evolução da pandemia e das outras doenças respiratórias habituais", salientou o ministro da Saúde.
Manuel Pizarro deixa a garantia na véspera de uma reunião de peritos no Infarmed, marcada para sexta-feira-feira, dia 11, para fazer um ponto de situação da Covid-19.
Em declarações à Renascença, o virologista Paulo Paixão avisa ser “inevitável” um aumento do número de casos de Covid-19 no país com o aproximar do inverno e das reuniões familiares, por altura do Natal.
Na antevisão da reunião do Infarmed, o virologista considera que um encontro, nesta altura, deve servir para equacionar “algumas medidas de prevenção, mas nada de muito radicais”. Ainda assim, diz que em cima da mesa poderá estar “a utilização de máscaras nos transportes públicos”.
Esta quinta-feira, a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, avançou que vai avançar em breve o reforço da vacina para a Covid-19 para quem tem 50 anos.
“A Comissão Técnica de vacinação - analisado o que está a acontecer e vendo que ainda há benefícios de facto, na vacinação a partir dos 50, na faixa dos 50 aos 70 -, entendeu que nesta altura, uma vez que a vacinação dos mais vulneráveis já aconteceu e está a decorrer num bom ritmo e boa cadência, poderíamos dar proteção esta faixa dos 50 aos 70”, disse Graça Freitas à Renascença.
O Conselho de Ministros desta quinta-feira aprovou o decreto de lei que consagra o acordo para a progressão da carreira dos enfermeiros, que vai abranger cerca de 20 mil profissionais de saúde.