O Papa Francisco espera que a próxima Cimeira do Clima, marcada para novembro, em Glasgow, encontre “respostas eficazes” à crise ecológica e de valores, e dê “uma esperança concreta às gerações futuras”. A mensagem foi deixada durante o encontro “Fé e Ciência: rumo à COP 26”, que decorreu no Vaticano, por iniciativa das embaixadas de Itália e Grã-Bretanha na Santa Sé.
Lembrando que no mundo “tudo está interligado”, Francisco sublinhou que “não se pode agir sozinho”, é fundamental o empenho de todos e cada um para combater a atual “cultura o descarte” e as “sementes dos conflitos: ganância, indiferença, ignorância, medo, injustiça, insegurança e violência”.
Para o Papa, o desafio de cuidar da Casa Comum tem de ser enfrentado a vários níveis, e com o contributo das várias religiões. “Gostaria de assinalar, em particular, dois deles: o nível do exemplo e da ação, e o da educação. Em ambos os níveis, nós, inspirados pelas nossas crenças e tradições espirituais, podemos oferecer contribuições importantes”, assinalou.
O encontro desta segunda-feira, no Vaticano, reuniu 33 líderes religiosos e sete cientistas, que assinaram um apelo conjunto para travar as alterações climáticas. O apelo, dirigido aos participantes da Cimeira de Glasgow, foi entregue a Alok Kumar Sharma, presidente designado da COP 26, e a Luigi Di Maio, o ministro italiano dos Negócios Estrangeiros e Cooperação Internacional.
O Papa Francisco já manifestou a sua intenção de participar na conferência mundial sobre alterações climáticas, que vai ser organizada pela ONU entre 31 de outubro e 12 de novembro em Glasgow, na Escócia.
Em maio deste ano o Vaticano lançou a “Plataforma de Ação Laudato Si’”, com o objetivo de promover a transformação ecológica nas comunidades católicas e na sociedade.
A adesão a esta plataforma é voluntária para paróquias, dioceses, colégios ou outras estruturas, até 2028.