Roger Schmidt quer o "pacote completo" para ponta de lança do Benfica e admite que nem Petar Musa, nem Arthur Cabral, nem Casper Tengstedt chegaram, ainda, a esse nível. Daí a rotação entre os três.
Em conferência de imprensa, esta terça-feira, o treinador alemão explica que o Benfica explica a razão de ter utilizado três avançados-centro diferentes nos últimos três jogos e admite que ainda não está plenamente satisfeito com nenhum, apesar de notar evolução:
"Precisamos do pacote completo. Precisamos de um ponta de lança que seja taticamente capaz de colocar tudo [o que trabalhamos] em prática. Jogar o nosso estilo de futebol, envolver-se em pressão alta, em 'gegenpressing', em tudo o que precisamos para ganhar bolas, porque essa é a nossa ideia de futebol: ser proativos e agressivos sem bola. Com bola, tens de mostrar a tua qualidade, envolver-te em combinações e ter presença na área. Precisamos disso tudo. Temos três pontas de lança e, na minha opinião, todos têm espaço para melhorar."
Roger Schmidt tenta "dar oportunidade a todos e analisar a prestação deles nos treinos e nos jogos". O último a ser titular foi Tengstedt, que "esteve muito bem nas últimas semanas", admite o técnico.
"Se olharmos para o progresso entre janeiro e agora, ele deu um grande salto. Estou muito contente com as exibições dele. Se estiverem a trabalhar bem, todos têm a oportunidade de jogar de início de forma consistente e de ser o ponta de lança titular. Mas vamos passo a passo. Neste momento, todos têm de melhorar", vinca.
A razão de Gonçalo Ramos ter rendido 65 milhões
Longe vão os tempos em que Gonçalo Ramos era titular indiscutível com Schmidt: "Ele jogou quase tudo na última época porque fazia tudo o que precisávamos. Por isso o PSG pagou muito dinheiro por ele."
Agora, o Benfica tem três novos pontas de lança para fazer o trabalho que um só jogador fazia na temporada passada. Schmidt pede que se lhes dê "para chegarem ao mesmo nível" do internacional português.
"Cabe-lhes mostrar-se, evoluir. Para mim, é importante encontrar o melhor equilíbrio para a equipa. Se tivéssemos a mesma equipa do ano passado também seria mais fácil para eles, porque tudo estava equilibrado. Agora, temos de tentar jogar o mesmo futebol com jogadores novos. Os pontas de lança têm de mostrar a sua qualidade", termina.
Roger Schmidt na antevisão do Benfica-Inter de Milão, jogo da quinta e penúltima jornada da fase de grupos da Liga dos Campeões, agendado para quarta-feira, às 20h00. Relato online, em direto do Estádio da Luz, e acompanhamento ao minuto no site da Renascença, em rr.pt.