O autocarro do Benfica foi atacado depois do empate em casa contra o Tondela, ferindo Weigl e Zivkovic. O clube confirmou e repudiu o ataque, numa breve nota publicada no site.
"O Sport Lisboa e Benfica repudia e lamenta o criminoso apedrejamento de que foi vítima o autocarro dos seus jogadores à saída da A2, quando se dirigia para o Centro de Estágios do Seixal, no final do jogo frente ao Tondela, realizado na noite de quinta-feira no Estádio da Luz", pode ler-se.
Julian Weigl e Andrija Zivkovic ficaram feridos, ao serem atingidos por estilhaços do vidro da frente. O autocarro prosseguiu viagem e os jogadores foram transportados por precaução ao hospital, para serem assistidos.
"Por uma questão de precaução, os jogadores Julian Weigl e Zivkovic, de imediato, foram levados ao Hospital da Luz para serem observados, na sequência dos estilhaços que os atingiram", acrescenta.
O ataque terá acontecido quando o autocarro passou junto a um viaduto na A2, à chegada ao Seixal. O autocarro foi acompanhado pela PSP, mas não terá sido possível identificar os autores do ataque. O clube vai colaborar com as autoridades para identificar culpados.
"O Sport Lisboa e Benfica garante a sua total colaboração com as autoridades, a quem apela para que seja feito o maior esforço, no sentido de identificar os delinquentes responsáveis por estes atos criminosos", termina.
O Benfica empatou, um jogo sem golos, esta quinta-feira, no Estádio da Luz, frente ao Tondela, num jogo sem adeptos nas bancadas. As águias prolongam uma série de maus resultados que transita desde o período anterior à pausa devido à Covid-19.
Weigl já tinha sido alvo de um ataque ao autocarro do Borussia Dortmund, antes de um jogo da Liga dos Campeões, em 2017.
Liga repudia
A Liga também emitiu um comunicado em que repudia o ataque ao autocarro, que classifica como cobarde.
"A Liga Portugal condena veementemente o ataque cobarde de que o plantel do Sport Lisboa e Benfica foi alvo, esta noite, após o encontro com o CD Tondela."
"O apedrejamento do autocarro da equipa liderada por Bruno Lage é de profundo lamento e repúdio, ainda para mais numa altura em que o futebol português uniu esforços para retomar uma atividade que faz vibrar milhões de pessoas no nosso país", pode ler-se.
"É absolutamente inaceitável que acontecimentos como estes continuem a ter espaço na sociedade, sendo fundamental deixar claro que os autores destes atos não são adeptos de futebol, mas sim criminosos que certamente serão identificados pelas forças de segurança e responsabilizados."
"A todos os jogadores, staff técnico, e corpo diretivo da SAD encarnada, a Liga Portugal e o seu Presidente, Pedro Proença, apresentam total solidariedade, reforçando o repúdio que um ato vil como este merece", conclui a nota divulgada pela Liga.
O incidente ocorreu na saída da A2, no Fogueteiro, área da responsabilidade da Guarda Nacional Republicana. A Renascença aguarda resposta ao pedido de informações enviado já esta manhã à corporação. Fonte da GNR admite, porém, que em casos como este a identificação dos autores do crime é de grande dificuldade, a não ser que ocorra uma denuncia, o que não é muito provável.
[Notícia atualizada às 71h00 de dia 6]