O Papa Francisco está a considerar a nomeação de um representante permanente para servir de ponte entre Ucrânia e Rússia e que a Igreja está a organizar um encontro de paz, em novembro, com dirigentes religiosos em Abu Dhabi.
Na entrevista à revista espanhola “Vida Nueva”, Francisco indica que o cardeal italiano Matteo Zuppi, o seu enviado especial à guerra na Ucrânia, encontrou em Kiev uma “ideia da vitória sem mediação” e em Moscovo uma “atitude que se pode qualificar como diplomática”.
“O avanço mais significativo que se conseguiu está relacionado com o regresso de crianças ucranianas ao seu país. Estamos a fazer tudo o que está nas nossas mãos para conseguir que cada familiar que reclame o regresso dos seus filhos o consiga.”
Para isso, refere o Papa, está a ser pensada a nomeação de um “representante permanente que sirva de ponte entre as autoridades russas e ucranianas”
Francisco avançou ainda que, após a visita do cardeal Zuppi a Washington, a sua próxima escala prevista é em Pequim, referindo que Estados Unidos e Chinas têm "a chave para baixar a tensão do conflito".
“A estas iniciativas todas é o que eu chamos de ‘ofensiva da paz’”, diz, acrescentando que, em novembro, antes da Cimeira do Clima das Nações Unidas no Dubai, será organizado um encontro da paz com líderes religiosos em Abu Dhabi, que está a ser coordenado pelo cardeal Pietro Parolin.