“Vigiai” é a palavra-chave do Evangelho de São Marcos e que o cardeal patriarca de Lisboa usou na homília da celebração da Ordenação de cinco diáconos, durante a manhã deste domingo, para caracterizar a atitude que os cristãos devem assumir.
“Vigiamos porque a noite é densa e anoitece-nos também, mas a vigia adivinha a aurora. Não deixemos que a noite nos reduza as expetativas. Porque não há realidade que o Advento de Cristo não possa alcançar e salvar”, afirmou D. Manuel Clemente.
O cardeal patriarca de Lisboa lembrou “mensagem forte” da Conferência Episcopal para o Advento: O Deus que vem não vem mudar as situações, vem mudar os nossos corações e são os nossos corações mudados que mudam as situações.
“A resposta de Deus, hoje, somos nós. O Deus do Advento vem para o meio desta pandemia, pega na nossa mão, muda o nosso coração e envia-nos a mudar a situação”, referiu D. Manuel Clemente.
O cardeal patriarca desafiou os cristãos a “saber entrever a alvorada de Cristo, a plena manhã deste mundo que hoje dói a tantos, de horizonte cerrado: por pandemias várias, físicas, mentais ou espirituais”.
Na Sé Patriarcal de Lisboa, D. Manuel Clemente ordenou cinco diáconos e lembrou-lhes que este é "um serviço muito especial, o de assegurar a quem esteja doente, só ou mais atingido pelas atuais circunstâncias que pode contar com a presença de Cristo”.
Três dos candidatos admitidos este domingo na Sagrada Ordem dos Diáconos são portugueses, formados no Seminário Maior de Cristo-Rei dos Olivais. Há ainda um brasileiro, da Sociedade de São Paulo e um quinto candidato, da Costa do Marfim, formado no Seminário Redemptoris Mater Nossa Senhora de Fátima, em Caneças.
Ao contrário do que é hábito nestas cerimónias, sempre com grande participação, a deste domingo teve uma assistência consideravelmente reduzida devido às restrições impostas pela pandemia.