O futebolista sueco Zlatan Ibrahimovic, de 39 anos, afirma que o seu regresso à seleção se deve ao rendimento que tem tido e que estão esquecidas as divergências antigas com o selecionador.
"Estou de volta porque mereço, pelo que fiz nos últimos meses e não porque me chame Zlatan ou seja o Ibrahimovic, mas sim por aquilo que dou em campo. É por isso que te escolhem", justifica Ibra, em declarações à Federação sueca de futebol.
O avançado do AC Milan tinha-se retirado da seleção há quase cinco anos, após a eliminação na fase de grupos do Europeu de 2016, mas na segunda-feira foi comunicado o seu regresso, na divulgação da convocatória do selecionador Janne Andersson.
Ibrahimovic chegou a mostrar alguma discordância com Andersson, quando o técnico, ao assumir o cargo após o Euro 2016, e já sem o jogador do AC Milan, deixou de fora jogadores de origem estrangeira.
Há alguns meses foi Ibrahimovic que surpreendeu, ao mostrar interesse em voltar à seleção, levando a que Andersson viajasse até Milão para discutir essa possibilidade com o avançado.
"Falámos de tudo. Em poucas palavras: traçámos uma barreira sobre o que aconteceu e olhámos para a frente. Tratamo-nos com respeito", revela o avançado.
Em relação à convocatória, Ibrahimovic anota ainda que disse ao selecionador para lhe ligar um dia antes de fazer a lista, para avaliar se ele estaria preparado: "quando esse dia chegou, eu estava preparado".
Com 62 golos em 116 jogos pela seleção até 2016, o avançado considera que ainda pode ser útil, embora admita que representar a seleção aos 39 anos é um pouco "irreal", mas que a mentalidade de ganhar mantém-se.
A Suécia inicia o apuramento para o Mundial em 25 de março em Solna diante da Geórgia, seguindo-se um jogo fora com o Kosovo, em Pristina, em 28 de março, e um particular com a Estónia em 31 de março.
No Europeu de futebol deste ano, que decorrerá em 12 cidades de 12 países entre 11 de junho e 11 de julho, a Suécia tem como adversários na fase de grupos a Espanha, a Eslováquia e a Polónia.