A Polícia Judiciária (PJ) está a fazer buscas na Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, quatro empresas e três residências particulares relacionadas com os contratos com a rede de emergência do Estado SIRESP, revelou o Ministério Público.
Segundo a nota divulgada pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), a investigação está a ser conduzida pela Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC) da PJ. .
As buscas domiciliárias e não domiciliárias decorrem em vários locais e visam "a recolha de prova relacionada com eventuais favorecimentos de indivíduos e/ou entidades particulares, em detrimento do interesse público, através de adjudicação de contratos relacionados com o SIRESP".
Em causa estarão os crimes de tráfico de influência, recebimento ou oferta indevidos de vantagem, corrupção passiva, corrupção ativa, participação económica em negócio, abuso de poder e prevaricação.
A Altice confirma que foi uma das empresas objeto de buscas pela Polícia Judiciária (PJ), tendo prestado "toda a colaboração que lhe foi solicitada" e estará disponível para todos os esclarecimentos, disse hoje à Lusa fonte oficial.
Contactado pela Renascença, o MAI revela "satisfação" pelas diligências em curso e garante "toda a colaboração"
"Na sequência da participação da Juíza Conselheira Francisca Van Dunem, à data Ministra da Administração Interna, dirigida ao Ministério Público em março deste ano para serem adotadas as providências adequadas às suspeitas sobre a regularidade formal dos atos preparatórios e contratos relativos ao concurso SIRESP, o Ministério da Administração Interna manifesta a sua satisfação face às diligências processuais da Polícia Judiciária hoje em curso nas instalações da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna (SGMAI) e da empresa Siresp SA.", indica o comunicado.
"Neste contexto, aquelas entidades prestarão toda a colaboração que lhes for solicitada por parte das autoridades competentes."