Faltam dadores de sangue no Hospital de Gaia.
Para se tornar autossuficiente no que diz respeito às reservas de sangue, aquela unidade de saúde precisa de uma média de 40 colheitas por dia. Contudo, esse é um número que está longe de ser alcançado.
O presidente da autarquia, Eduardo Vítor Rodrigues, diz que o ideal seria garantir que as mais de 40 dádivas por dia se mantivessem a longo prazo. “Mais importante do que chegar aos 40, ou ultrapassar, é nós fazermos o nosso papel de sensibilização e ao mesmo tempo reconhecer que é muito importante para além de atingir os 40 é manter estas dádivas. Não pode ser uma ação isolada, tem de ser uma pedagogia para um ato de solidariedade que seja tão frequente quanto possível”, diz.
Esta terça-feira assinala-se o Dia Nacional do Dador de Sangue e o presidente da Câmara, juntamente com outros elementos da autarquia, vai ao centro hospitalar de Gaia/Espinho, dar o exemplo.
“A verdade é que o hospital de Gaia serve uma comunidade superior a 400 mil pessoas, com todas as especialidades médicas, serviços de urgências polivalentes, portanto é normal que um hospital desta envergadura tenha uma necessidade constante de reforçar o seu stock de sangue. É nesse sentido que chamamos um bocado a atenção dos cidadãos que a solidariedade é com certeza apoiar de todas as formas os mais carenciados, mas há também uma dimensão de carência que se faz sentir no domínio da saúde, que neste caso concreto é a carência de sangue, que é uma constante”, explica.
Já no IPO do Porto, os responsáveis reconhecem que a situação é agora melhor. As reservas de sangue são, por enquanto, suficientes. No entanto, a diretora do Serviço de "Imuno-hemoterapia" apela à dádiva de sangue dos tipos mais raros.
Em entrevista à Renascença, Luísa Lopes dos Santos revela que está a aumentar o número de jovens que são dadores de sangue no Instituto Português de Oncologia do Porto, tendo-se duplicado o número de novos dadores.