Faltam mais de 500 anestesistas nos hospitais de Norte a Sul de Portugal e os poucos em serviço são mal geridos.
A denúncia é do bastonário dos médicos, com base num estudo desenvolvido pela Ordem que foi apresentado esta segunda-feira.
Miguel Guimarães defende a redução de 18 para 12 horas semanais de serviço de urgência, tal como estava previsto no período anterior à troika, e critica a má gestão do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
"Há uma coisa que é importante que, neste momento, o nosso ministro podia resolver", defendeu à Renascença. "Se o ministro da Saúde atendesse a uma das reivindicações que os sindicatos lhe têm colocado, que é, tal como acontecia antes da troika, os médicos tivessem, do seu horário normal de trabalho, 12 horas em vez de 18 horas, nós íamos aumentar a capacidade de resposta dos anestesistas dentro do SNS em 30%", garante o bastonário.
O ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, reconhece que o número de anestesistas é insuficiente, mas realça que a quantidade destes especialistas médicos tem aumentado e está a "evoluir positivamente".
Adalberto Campos Fernandes falava aos jornalistas na Cidade do Futebol, Oeiras, após o lançamento do plano da Organização Mundial da Saúde para a atividade física para o período 2018-2030.
[notícia atualizada às 00h50]