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Com a pandemia da Covid-19 a afetar o país, a Cáritas Portuguesa teve de estender a sua ajuda a um maior número de pessoas. "Não tantas quantas aquelas que desejaríamos, porque também os recursos, dado a dimensão do problema, são escassos", reconhece o presidente deste organismo.
Eugénio Fonseca garante que todas as Cáritas diocesanas estão a funcionar, "algumas fazendo atendimentos não presenciais".
Este responsável destaca "o reforço que as Cáritas estão a fazer no apoio alimentar, sobretudo às pessoas que estão mais isoladas. Também algumas das Cáritas estão a articular as suas ações com as Juntas de Freguesia das suas dioceses, de acordo com a disponibilidade de cooperação que possa existir nessas Juntas ou mesmo nos Centros de Saúde".
Quanto ao peditório nacional da Semana da Cáritas, que estava para se realizar entre 12 e 15 de Março, e que foi adiado, assim como o Ofertório das Missas do Dia da Cáritas, Eugénio Fonseca admite que deverá ser marcada uma nova data, uma vez que "para a maioria delas esta é a única fonte de receita para poderem, ao longo do ano, ajudarem as pessoas e as famílias mais carenciadas" em ajudas tão básicas e essenciais como "o pagamento de rendas de casa em atraso, medicamentos, eletricidade, água, gás (...), suportar encargos com a educação dos filhos".
Sem estas pequenas ajudas, "tudo vai ser mais complicado (...), iremos ter maiores problemas sócio económicos que já estão a começar e que vão agravar", prevê o Presidente da Cáritas portuguesa.
Em Portugal, há 23 mortes e 2.060 infeções confirmadas, segundo o balanço feito esta segunda-feira pela Direção-Geral de Saúde.
Dos infetados, 201 estão internados, 47 dos quais em unidades de cuidados intensivos.
Portugal encontra-se em estado de emergência desde as 00h00 de quinta-feira e até às 23h59 de 02 de abril.