Dia complicado para centenas de passageiros que todos os dias fazem a travessia do Tejo entre Lisboa e o Barreiro. Os barcos da Soflusa estão parados por causa da greve dos mestres esta quinta e sexta-feira.
Para minimizar os efeitos deste protesto, Câmara do Barreiro reforçou os autocarros para a estação ferroviária da Fertagus, em Coina.
A paralisação parcial (três horas por turno) afeta as primeiras horas da manhã e as últimas da tarde, condicionando as chamadas horas de ponta.
“Não se fazem milagres”, diz à Renascença José Encarnação, da comissão de utentes dos serviços públicos do Barreiro.
“Foi-nos confirmado pelo conselho de administração, na passada sexta-feira, que a empresa tem falta de mestres, de maquinistas e de marinheiros. Para assegurar as sete embarcações que estão permanentemente a viajar eram necessários 21 mestres, mas na sexta-feira tinham 16”, revela.
Para além desta greve, a Soflusa avisa ainda para a supressão de seis ligações fluviais durante a tarde.
Na sua página na internet, a Soflusa informou que, nestes dois dias, o transporte a partir do Barreiro, no distrito de Setúbal, apenas será assegurado entre as 00h05 e a 1h30, às 5h05, entre as 9h30 e as 17h45 e das 22h00 às 23h30.
Hoje também entra em vigor o pré-aviso de greve dos mestres às horas extraordinárias, que pode prolongar-se até ao fim do ano.
A Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (Fectrans) anunciou que vão ser reabertas negociações na empresa Soflusa, responsável pelas ligações fluviais entre o Barreiro e Lisboa.