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A Associação dos Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo (AEEP) não percebe o que mudou no entendimento do Governo sobre as turmas em início de ciclo, mas considera que ainda há margem para entendimento.
“Os contactos prevêem turmas de início de ciclo durante três anos lectivos. E este foi também o entendimento do Governo numa primeira fase”, afirma Rodrigo Queiroz e Melo, director executivo da AEEP.
Por isso, no encontro desta terça-feira com o ministro Tiago Brandão Rodrigues os representantes das escolas com contratos de associação vão tentar “perceber o que mudou”.
“Acho que ainda há aqui um espaço para conversarmos, percebermos porquê uma diferente interpretação agora e encontrarmos, pela nossa parte, disponibilidade para, dentro dos princípios da justiça, da previsibilidade e da estabilidade, encontrar um modo de ultrapassar esta situação de crise”, conclui Rodrigo Queiroz, em declarações à Renascença.
O dossiê dos colégios com contratos de associação está a ser acompanhado pelo Presidente da República, que diz acreditar num diálogo frutífero e na renegociação dos acordos. Para tal, diz Marcelo Rebelo de Sousa, é preciso "paciência". O mais importante é "garantir a estabilidade" das crianças, das famílias e das instituições de ensino, sublinhou segunda-feira.
Depois de semanas de polémica sobre o corte do número de turmas a financiar pelo Estado, o encontro desta terça-feira deverá ser o último antes de a tutela divulgar a reorganização da rede escolar.
Segundo o "Diário de Notícias", o ministro da Educação vai apresentar na reunião desta terça-feira contrapartidas aos colégios, nomeadamente nas áreas do pré-escolar, ensino artístico e ensino profissional.