A visita do Papa a Chipre, marcada para o início de dezembro, permitirá a Francisco sentir de perto o “drama do Médio Oriente”, diz o Patriarca Latino de Jerusalém, Pierbattista Pizzaballa, cuja autoridade abrange aquela ilha Mediterrânica.
Numa carta enviada aos fiéis, padres e religiosos do Chipre, de preparação para a visita do Papa Francisco, Pizzaballa diz que este será “um encontro com a realidade do Médio Oriente que conflui no Mediterrâneo e também em Chipre o drama das famílias que fogem das guerras, da pobreza, das lutas pelo poder e do sectarismo religioso”.
“Chipre, apesar do seu pequeno tamanho, por um lado contém em si a riqueza, o esplendor, mas também as contradições e os dramas de todo o Médio Oriente" sendo ainda uma “janela para o mundo ocidental, com o qual sempre manteve intensas relações”, diz o Patriarca.
Na sua carta a ilha é ainda descrita como “uma ponte na qual as culturas oriental e ocidental convergem e se misturam, e que traz dentro de si tanto a beleza quanto as feridas que a história nos deu” e que incluem “a divisão política e territorial, que também se torna uma divisão religiosa; o drama das migrações dolorosas; a crise econômica e social”.
A ilha de Chipre está dividida em duas partes. Uma, de maioria turca e muçulmana e outra de maioria grega e cristã. O Papa visitará a parte grega da ilha, que sendo de maioria ortodoxa tem também comunidades católicas e de outras confissões cristãs, muito ligadas ao Médio Oriente.
Durante a sua visita o Papa tem encontros marcados com o arcebispo Crisóstomo, da Igreja Ortodoxa cipriota e com os padres e religiosos que trabalham com os católicos na ilha. O principal ato público será a celebração de uma missa com os católicos migrantes e refugiados que vivem no local.
A visita ao Chipre realiza-se entre os dias 2 e 4 de dezembro e será seguida de uma viagem à Grécia.
[Notícia corrigida às 10h26]