A ex-presidente executiva da TAP Christine Ourmières-Widener deu instruções aos seus advogados para avançar com um pedido de indemnização nos tribunais, noticiou esta sexta-feira a SIC Notícias. Uma fonte próxima do processo contactada pela Renascença não confirma a informação.
Christine Ourmières-Widener foi demitida em março pelo Governo, que alegou justa causa para afastar a CEO da companhia aérea.
Segundo a SIC Notícias, a gestora deu instruções aos seus advogados para avançar com um processo contra o Estado, enquanto acionista da TAP.
Christine Ourmières-Widener, cujo mandato só terminava em 2026, não aceita a justa causa e vai pedir uma indemnização avultada nos tribunais.
O ministro da Finanças, Fernando Medina, esclareceu na quinta-feira que não existe qualquer parecer jurídico adicional sobre despedimento da ex-CEO da TAP.
"Os motivos que levam à demissão do presidente do conselho de administração e da presidente executiva da empresa são muitos claros e são aqueles que decorrem no seu fundamental das conclusões do relatório da IGF [Inspeção-Geral de Finanças]. Não há nenhum parecer adicional", declarou Fernando Medina.
Para o ministro, o parecer da Inspeção-Geral de Finanças, onde são apontadas ilegalidades, é suficiente.
"Não há nenhum parecer adicional, nem se justifica nenhum parecer adicional. O relatório da IGF conclui pela existência de uma ilegalidade grave num pagamento. Não estou a discutir a culpa, se houve atenuantes, se foi com intensão ou não foi. Estou a falar sobre o ato em cima. Alguém pagar indevidamente a alguém 500 mil euros dentro de uma empresa pública foi considerado uma ilegalidade pela IGF e uma ilegalidade grave", sublinha Fernando Medina.