"Os clubes nacionais ficam claramente vencedores se o modelo atual vencer, porque, de certa maneira, são beneficiados ou, pelo menos, fazem parte do sistema e disputam com regularidade as competições europeias. Com a criação de uma Superliga, poderíamos ter o risco de os melhores clubes portugueses não estarem no topo dessa prova e isso seria mau para o nosso futebol”, enquadrou à agência Lusa o associado da Abreu Advogados.
Na quinta-feira, o Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE) avaliou como contrária à legislação europeia a decisão da FIFA e da UEFA de proibirem futebolistas e clubes de participarem em provas privadas, tal como a Superliga proposta em 18 de abril de 2021.
“Para os portugueses, há esta sensação de que o nosso campeão nacional compete com os melhores. Há um bocado esta democracia. Depois, se ganha ou perde, se apresenta melhores ou piores equipas ou se junta maior ou menor capacidade económica, isso já é outra coisa, mas, pelo menos, tem a possibilidade de competir com os melhores”, frisou.