O primeiro-ministro iraquiano apontou o "falhanço" da comunidade internacional na luta contra o autodenominado Estado Islâmico, denunciando a falta de apoio ao país, confrontado há um ano com o avanço dos jihadistas.
"Acho que é um falhanço da comunidade internacional. Quanto ao apoio para o Iraque, há muitas palavras, mas pouca acção no terreno", afirmou Haider al-Abadi numa conferência de imprensa em Paris, cidade que deverá acolher uma reunião da coligação internacional anti-jihadista.
O governante também se queixou das sanções contra a Rússia e o Irão que dificultam a compra de armas pelo Iraque, que “não tem recebido quase nenhumas”. Meios necessários para combater os terroristas no terreno também faltam. “O apoio aéreo não é suficiente, assim com a vigilância dos serviços secretos, pois os militantes movem-se muito em pequenos grupos”.
Os jihadistas voltaram a fazer novas conquistas no Iraque apesar dos esforços dos ataques aéreos da coligação.
Fontes oficiais avançaram à BBC que a reunião em França, onde estão representados 20 países, vai centrar-se numa estratégia da reconquistar as cidades aos terroristas e tentar neutralizar a forma como o grupo se financia, bem como impedir a chegada de mais combatentes para engrossarem as fileiras do Estado Islâmico.
No mês passado, os jihadistas tomaram Ramadi, a maior província iraquiana, assim como a estratégica cidade síria de Tadmur, com o seu centro histórico de Palmyra, onde existem ruínas classificadas de Património Mundial pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), que incluem templos e ruas ladeadas de colunas.