Covid-19. Medicamento molnupiravir elimina o vírus ativo em três dias
01-04-2022 - 01:48
 • Lusa

A conclusão vem publicada num estudo realizado por uma farmacêutica norte-americana. O antiviral faz parte da lista recomendada pela OMS.

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O medicamento oral contra a Covid-19 molnupiravir elimina o vírus SARS-Cov-2, na sua fase infeciosa ativa, ao terceiro dia desde o início da toma, revela um estudo que será apresentado no Congresso Europeu de Microbiologia Clínica e Doenças Infeciosas.

"Muitos pacientes" que receberam um placebo demoraram até cinco dias para eliminá-lo e, em alguns casos, mais tempo, explica também o estudo divulgado esta quinta-feira pela farmacêutica norte-americana Merck Sharp & Dohme (MSD), fabricante deste medicamento.

O ensaio confirmou a superioridade do medicamento, em relação ao placebo, em adultos não hospitalizados com Covid-19 leve ou moderada e com risco de progressão para doença grave, caso a terapia fosse iniciada nos cinco dias seguintes ao início dos sintomas, revelou o The New England Journal of Medicine.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) tinha divulgado, em 3 de março, que o molnupiravir integrava a sua lista de tratamentos recomendados e também foi aprovado o seu uso de emergência para países como os Estados Unidos, Reino Unido, Austrália e Japão.

Este medicamento é um antiviral que deve ser administrado rapidamente após o início dos sintomas e tomado por cinco dias para evitar a replicação do vírus.

A investigação científica será revelada no Congresso Europeu de Microbiologia Clínica e Doenças Infeciosas (ECCMID) na próxima semana.

Segundo os dados divulgados esta quinta-feira, os participantes nos ensaios foram submetidos a testes de PCR para determinar as cargas virais do SARS-CoV-2 a partir de zaragatoas nasofaríngeas colhidas nos dias 1 (início), 3, 5 (fim de tratamento), 10, 15 e 29.

As análises confirmam observações anteriores que demonstravam que um tratamento de cinco dias com molnupiravir, tomado duas vezes ao dia, produz "um declínio mais rápido da carga viral e uma eliminação mais rápida do vírus infecioso do que o placebo", sustenta a MSD em comunicado.