A China reabrirá a fronteira com sua região administrativa especial de Hong Kong neste domingo pela primeira vez em três anos, enquanto acelera o desenrolar das rígidas regras da Covid-19 que prejudicaram seu crescimento económico.
A abertura trará a regresso das viagens sem quarentena entre o centro financeiro e o continente, embora seja feita de forma "gradual e ordenada", disse o Escritório de Assuntos de Hong Kong e Macau da China num comunicado emitido nesta quinta-feira.
Além de impor um "lockdown" em toda a cidade, Hong Kong seguiu de perto a dura política "zero Covid" da China até meados de 2022, quando começou a aliviar algumas das restrições.
A ex-colónia britânica abandonou todas as suas regras da pandemia em dezembro, mas as máscaras continuam obrigatórias, exceto durante o exercício físico.
Hong Kong e China ficaram atrás da maior parte do mundo na flexibilização das duras precauções contra a Covid-19 e a reabertura da fronteira foi adiada várias vezes ao longo do ano passado por causa de surtos num lugar ou noutro.
A China anunciou no final de dezembro que iria reabrir as suas fronteiras em janeiro, o que fez com que vários países decidissem nos últimos dias exigir que os viajantes oriundos deste território tivessem um teste negativo à Covid-19 para entrar nos seus territórios.
Um relatório divulgado hoje pela Organização Mundial da Saúde indica que, entre 5 de dezembro e 1 de janeiro, foram registados mais de 14,5 milhões de casos de infeção e mais de 46 mil novas vítimas mortais a nível global, que representam um aumento de 25% e 21%, respetivamente, face aos 28 dias anteriores.
Desde o início da pandemia até 1 de janeiro, foram confirmados mais de 656 milhões de casos de Covid-19 no mundo, que resultaram em cerca de 6,6 milhões de mortes, adiantou a organização.