Os socialistas e os sociais-democratas não chegaram a acordo sobre a Lei de Bases da Saúde. O anúncio foi feito esta sexta-feira por Jamila Madeira, que acusa o PSD de não estar numa verdadeira negociação, apelando a novas conversações à esquerda.
Em conferência de imprensa esta tarde, a deputada socialista disse que as propostas concretas apresentadas pelos sociais-democratas representam a reabertura de um debate com a alteração e revisão de 22 bases de num total de 28 que compõem a proposta de lei.
Por outras palavras, os socialistas alegam que o texto ficaria sujeito a uma alteração tal que implicaria a criação de 10 novas bases.
Jamila Madeira alega ainda que a posição inicial do PSD é que essas alterações iriam resumir-se a três bases da lei, acusando o partido de Rui Rio de deixar em vigor a atual Lei de Bases da Saúde.
O PS transmitiu entretanto ao PSD que não está disponível para dar continuidade às negociações, sob o argumento de que "desrespeitaria tudo aquilo que foi alcançado no âmbito do grupo de trabalho".
Jamila Madeira apela, assim, uma vez mais, "aos partidos que não se reveem na lei atual, que incita as PPP, a permitirem que este Governo do PS, apoiado no parlamento por PCP, BE e PEV, aprove uma lei que proteja o SNS”, acrescentado que “deixar como está é a pior solução”.
“É deixar que os impostos dos portugueses continuem a ser canalizados para o setor privado da saúde", referiu a deputada socialista, concluindo: “Agora é o momento para mostrar que estão ao lado do SNS e aprovarem a Lei de Bases da Saúde”.