Pelo menos 170 pessoas morreram no atentado suicida perpetrado na quinta-feira em Cabul pelo ramo afegão do grupo 'jihadista' Estado Islâmico, segundo o mais recente balanço de fontes da área da saúde, esta sexta-feira, desconhecendo-se ainda o número oficial.
Só o hospital Wazir Akbar Khan, da capital afegã, recebeu 145 pessoas já sem vida após o atentado junto a um dos portões do aeroporto de Cabul, e cerca de 50 pessoas estão a receber tratamento para ferimentos graves, indicaram hoje fontes da área da saúde, citadas pela agência Efe.
O anterior balanço do que se pensava ter sido um duplo atentado dava conta de 95 mortos - entre os quais 13 militares norte-americanos - e 150 feridos, mas depois de o ramo afegão do EI, o Estado Islâmico da Província de Khorazan (ISKP), ter reivindicado, ainda na quinta-feira, o atentado, referindo-se a apenas um dos seus combatentes como autor de uma única explosão, o Pentágono disse, esta sexta-feira , em conferência de imprensa, ter concluído que realmente houve só uma explosão no aeroporto de Cabul.
O vice-diretor de logística do Estado-Maior dos EUA, general Hank Taylor, disse que os seus serviços não acreditam que tenha havido uma segunda explosão no atentado de quinta-feira "dentro ou perto" do Hotel Baron, perto do aeroporto de Cabul, como tinha sido inicialmente reportado.
"Portanto, houve apenas um bombista-suicida", disse Taylor, acrescentando que os serviços norte-americanos ainda não têm certeza de como o relatório inicial, incorreto, foi divulgado, atribuindo o erro a uma possível "confusão durante eventos dinâmicos", afirmou.
[Notícia atualizada às 22h10]