Marco Braz, vice-presidente do Flamengo, descarta completamente o regresso de Jorge Jesus ao clube e considera que tal seria "de um amadorismo e burrice sem tamanho".
"Seria de um amadorismo, uma burrice sem tamanho. Desculpe, não sou burro, nem amador", disse o dirigente do "Fla", em poucas palavras, ao UOL Esporte, no dia seguinte à "ESPN" brasileira ter avançado que o treinador português estava a equacionar voltar ao Flamengo, caso saísse do Benfica.
Jorge Jesus deixou o Flamengo já no decorrer da presente temporada no Brasil para voltar a assumir o comando técnico do Benfica e deixou um problema de sucessão no clube do Rio de Janeiro. O espanhol Domènec Torrent assumiu o cargo e deixou alguns meses depois, substituído por Rogério Ceni, glória do São Paulo e jovem treinador, que poderá levar o clube ao bicampeonato.
O Flamengo é líder do campeonato com 71 pontos, mais dois do que o Internacional, e só precisa de empatar na última jornada, em casa do São Paulo, para se sagrar campeão.
Em pouco mais de um ano, Jorge Jesus venceu um campeonato brasileiro, uma Libertadores, uma Recopa Sulamericana e uma Supercopa do Brasil ao serviço do Flamengo.
Jesus voltou ao Benfica no verão, mas os resultados estão aquém das expetativas. As águias estão em quarto lugar, a 15 pontos do líder Sporting, foram eliminadas nas pré-eliminatórias da Liga dos Campeões e perderam na meia-final da Taça da Liga.
Apesar dos rumores que associam à saída do treinador ainda antes do fim da época, Jorge Jesus recusa deixar o clube.
"Eu não vou sair por pé nenhum porque não me sinto responsável por esta crise do Benfica. Nem eu, nem os jogadores, nem o presidente, nem a estrutura. Fomos apanhados no meio de uma pandemia que foi novidade para toda a gente. Se eu estivesse a trabalhar e aparecessem estes resultados, eu assumia as minhas responsabilidades", declarou o técnico encarnado, esta quarta-feira, em conferência de imprensa.