Cinco casas ficaram inundadas e três viaturas danificadas após a chuva intensa, que se abateu sobre as freguesias de Sameiro e de Vale de Amoreira, no concelho de Manteigas, quarta-feira.
Há registo, ainda, de novos aluimentos de terras provenientes das encostas atingidas, em agosto, pelo incêndio da Serra da Estrela, o mais extenso desde o de Pedrogão Grande, em 2017.
O autarca de Manteigas lamenta que o Estado e o Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) não façam mais em defesa das populações que residem no Parque Natural da Serra da Estrela.
“Colocam nas costas dos municípios, que já não têm capacidade para dar vazão às suas competências normais, aquilo que é um trabalho hercúleo que é necessário fazer nestas encostas”, lamenta Flávio Massano, explicando que, em causa, está “um trabalho de fundo, é de engenharia”.
“É perceber como conseguimos desviar linhas de água para zonas seguras, como conseguimos pôr as populações a salvo e evitar que estas ocorrências aconteçam durante o inverno. E isso, lamento dizê-lo, as camaras não têm competência, nem capacidade”, conclui.
O fogo que atingiu, este verão, a Serra da Estrela teve início a 6 de agosto na Covilhã e lavrou durante 11 dias estendendo-se aos concelhos de Manteigas, Gouveia, Guarda, Celorico da Beira e Belmonte.
Segundo o ICNF, desde julho a região da Serra da Estrela foi afetada por cinco grandes incêndios que atingiram mais de 28 mil hectares de área.
Na madrugada de 13 de setembro foi ativado o Plano Municipal de Emergência. Os prejuízos causados pela chuva intensa que afetou a freguesia de Sameiro, no concelho de Manteigas, na serra da Estrela, serão superiores a um milhão de euros, avançou o presidente da câmara local.