Portugal pode atingir em 2030 a meta de produção de 80% de energia a partir de fontes renováveis, afirmou esta terça-feira o Presidente da República.
Numa aula-debate com alunos do ensino secundário da Escola Domingos Sequeira, em Leiria, Marcelo Rebelo de Sousa elogiou os passos que Portugal tem dado no caminho das energias renováveis, ao contrário de outros países que, agora, em tempo de crise, colocam a hipótese de voltar ao passado, recorrendo ao carvão e ao nuclear.
“Portugal trabalhou nos renováveis numa altura em que as pessoas diziam que era uma loucura”, lembrou Marcelo.
“Hoje, vários países estão a pagar o facto de terem uma percentagem de renováveis, e é a grande maioria, que não chega nem de longe nem de perto aos 60%, nem aos 50%, nem aos 40%, e algumas nem aos 30%”, apontou o Presidente.
Para Marcelo Rebelo de Sousa, “nós temos a obrigação de acelerar este passo, chegar, se possível antes de 2030, com perto de 80% da energia renovável”.
Uma meta importante porque “significa, também, menor dependência energética em relação ao exterior”. “E eu penso que temos condições para atingir essa meta”, avançou o Presidente, salientando que “há um acordo nacional”, ou seja, “da direita mais radical à esquerda mais radical todos estão de acordo em Portugal”, o que “é raríssimo”, elogiou.
“Portanto, acho que estamos no bom caminho” e que “é uma meta possível, não pode é ser nunca esquecida por ninguém”, alertou Marcelo Rebelo de Sousa.
Em jeito de balanço da cimeira do clima, o Presidente disse que o mais positivo foi a criação de um Fundo Global para o financiamento dos países que mais sofrem com as alterações climáticas, embora não tenha ficado definido como se vai aplicar.