As autoridades da Dinamarca anunciaram o envio de mais 19 sistemas de artilharia móveis 'Caesar' para a Ucrânia, numa resposta ao aumento do envio de ajuda militar internacional ao país e quando prossegue a invasão russa.
O Governo indicou que o envio destes sistemas de artilharia, de fabrico francês, foi decidido na sequência de um pedido do executivo ucraniano, que tem insistido na necessidade de receber mais armamento para enfrentar as Forças Armadas da Rússia.
O ministro da Defesa dinamarquês, Jakob Ellemann Jensen, indicou em comunicado que existe um "grande apoio" no parlamento sobre o envio deste tipo de armamento, e confirmou que estes sistemas foram pedidos à França, que poderá necessitar de seis meses para a respetiva disponibilização.
Por sua vez, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, agradeceu ao Governo dinamarquês a ajuda e referiu-se a uma "decisão importante" que "aumentará as capacidades de defesa da Ucrânia, permitirá expulsar o agressor e garantir a vitória".
Mais armamento? “"Nós ouvimos”, garante Charles Michel
"As próximas semanas e meses serão decisivos. Vocês precisam de mais. Mais sistemas de defesa aérea, mais mísseis de longo alcance e munições, e, sobretudo, precisam de tanques. Agora mesmo", afirmou Charles Michel perante o parlamento da Ucrânia, numa declaração divulgada pelo seu gabinete.
O presidente do Conselho Europeu viajou durante a manhã para a capital ucraniana, no contexto do conflito em curso na Ucrânia após a invasão das forças russas.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14 milhões de pessoas - 6,5 milhões de deslocados internos e quase oito milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.
A invasão russa - justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 7.031 civis mortos e 11.327 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.