O Ministério Público (MP) anunciou esta segunda-feira que vai recorrer das medidas de coação dos cinco arguidos detidos na investigação aos negócios do lítio, hidrogénio e centro de dados de Sines, que saíram em liberdade por decisão do tribunal.
"O Ministério Público vai interpor recurso", respondeu à agência Lusa a Procuradoria-Geral da República (PGR).
O juiz de instrução Nuno Dias Costa deliberou esta segunda-feira a saída em liberdade de cinco arguidos da Operação Influencer, que estavam detidos desde a última terça-feira, 7 de novembro. O magistrado deixou também cair os crimes de corrupção e prevaricação.
Em causa estão o chefe de gabinete do primeiro-ministro, Vítor Escária, do consultor Diogo Lacerda Machado, amigo de António Costa, do presidente da Câmara de Sines, Nuno Mascarenhas, e dos administradores da Start Campus Afonso Salema e Rui Oliveira Neves, que estavam detidos desde terça-feira.
O MP pedia prisão preventiva para Vítor Escária e Diogo Lacerda Machado.
A Diogo Lacerda Machado foi aplicada uma caução de 150 mil euros e a proibição de viajar para o estrangeiro (com entrega do passaporte), com esta última medida a ser igualmente imposta a Vítor Escária, enquanto os restantes três arguidos saíram apenas com a medida de coação de Termo de Identidade e Residência (TIR).
O juiz Nuno Dias Costa considerou "claramente desproporcionais" as medidas de coação que foram pedidas pelo Ministério Público (MP) para os arguidos detidos na investigação aos negócios do lítio, hidrogénio e centro de dados de Sines.