O incêndio que deflagrou em Odemira já destruiu 10 mil hectares e é o maior do ano, até agora, ultrapassando a área ardida no fogo de Castelo Branco (sete mil hectares).
Um total 36 pessoas tiveram que ser assistidas, a maioria são operacionais. Oito foram levadas ao hospital (5 bombeiros e 3 populares), avançaram as autoridades em conferência de imprensa realizada esta terça-feira ao final da tarde.
Foi necessário retirar 1.459 pessoas do caminho das chamas, "por precaução". A maioria são cidadãos estrangeiros que ainda não regressaram às suas casas.
As autoridades vão tentar a aproveitar o aumento da humidade noturna para tentar controlar o fogo que lavra desde sábado à tarde.
O incêndio começou no concelho de Odemira, distrito de Beja, e já chegou ao Algarve.
A mudança do vento é, neste momento, uma das principais preocupações das autoridades.
O fogo lavra em duas frentes.
Pelas 20h00 desta terça-feira, estavam envolvidos no combate ao incêndio de Odemira mais de mil operacionais, apoiados por 351 viaturas e dez meios aéreos.
Além dos 10 mil hectares de área ardida, ainda não há um balanço dos estragos, mas pelo menos umturismo rural ardeu na zona de São Teotónio.
Em declarações à Renascença, Luísa Botelho, proprietária do Turismo Rural Teima, em Vale Juncal, diz que as chamas consumiram 80% da unidade.
"Diria que há uma descoordenação total! Fomos abandonados totalmente", afirma Luísa Botelho.