O Presidente da República começa esta segunda-feira a ouvir os partidos com representação parlamentar sobre a situação sanitária do país, o Orçamento Suplementar para 2020 e o Programa de Estabilização Económica e Social do Governo.
Marcelo Rebelo de Sousa irá receber esta segunda-feira no Palácio de Belém, em Lisboa, a partir das 11h00, por esta ordem, Iniciativa Liberal, Partido Ecologista "Os Verdes" (PEV), Chega, PAN - Pessoas, Animais, Natureza e CDS-PP.
As audiências com os restantes quatro partidos representados na Assembleia da República, PCP, Bloco de Esquerda (BE), PSD e PS, decorrerão na terça-feira.
De acordo com uma nota divulgada a meio deste mês pela Presidência da República, o chefe de Estado "vai ouvir os partidos políticos com assento parlamentar acerca da situação sanitária, económica, social e política, designadamente do Programa de Estabilização Económica e Social e do Orçamento Suplementar para 2020".
Na mesma nota é referido que Marcelo Rebelo de Sousa dá assim continuidade a uma "prática trimestral" de reuniões com os partidos com assento parlamentar que foi "interrompida pelo surto pandémico" de covid-19.
Estas audiências acontecem num momento em que a proposta do Governo de Orçamento Suplementar para 2020 está em fase de debate na especialidade, depois de ter sido aprovada na generalidade na passada quarta-feira com votos a favor apenas do PS, votos contra de CDS-PP, Chega e Iniciativa Liberal e abstenções dos restantes partidos e da deputada não inscrita Joacine Katar Moreira.
A votação final global do Orçamento Suplementar para 2020 está marcada para 3 de julho.
O Presidente da República recebeu pela última vez os partidos com representação parlamentar entre os dias 17 e 18 de dezembro do ano passado, após a entrega da proposta de Orçamento do Estado para 2020 pelo Governo na Assembleia da República.
A pandemia de covid-19, doença provocada por um novo coronavírus detetado em dezembro do ano passado no centro da China, atingiu 196 países e territórios e já fez cerca de 500 mil mortes a nível global, segundo um balanço da agência de notícias francesa AFP.
Em Portugal, os primeiros casos foram confirmados no dia 2 de março e já morreram mais de 1.500 pessoas num total de mais de 38 mil casos de infeção contabilizados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde (DGS).