O alegado homicida da deputada britânica Jo Cox é apoiante de um grupo neonazi, com sede nos Estados Unidos. A trabalhista foi atacada à saída de uma biblioteca, perto de Leeds, no Reino Unido.
A informação foi divulgada por uma organização não-governamental de defesa dos direitos cívicos, que monitoriza grupos extremistas. Segundo o “Southern Poverty Law Centre”, o atirador - identificado pelos meios de comunicação britânicos como Thomas Mair - tem uma longa história com o nacionalismo branco e é um adepto da Aliança Nacional, que durante décadas foi a organização neonazi mais importante dos Estados Unidos.
O suspeito de 52 anos foi detido perto do local do crime. Jo Cox, de 41 anos, não resistiu aos ferimentos após ter sido baleada e esfaqueada.
Foi suspensa a campanha para o referendo à permanência do Reino Unido na União Europeia, marcado para a próxima quinta-feira.
A decisão foi tomada logo depois da deputada trabalhista ter sido assassinada, quinta-feira (dia 16), em Birstall, no norte de Inglaterra, quando participava numa acção da campanha a favor da continuidade do Reino Unido no bloco comunitário.
Marido faz mensagem emocionada
O marido da deputada trabalhista britânica reagiu ao ataque, afirmado que o ódio que matou a mulher deve ser combatido por todos. Um ódio que diz não ter "credo, raça ou religião".
Na mensagem publicada pelo jornal “The Guardian”, Brendan Cox reconhece que este é o início de um “novo capítulo, mais difícil, mais doloroso, com menos alegria e menos amor”.
No mesmo texto recordou os valores que orientavam a mulher. “Acreditava num mundo melhor e lutava todos os dias com uma energia e entusiasmo pela vida que esgotariam a maior parte das pessoas”.
Jo liderou a campanha pró-Europa e, nos últimos tempos, tinha-se dedicado à luta contra o brexit. A trabalhista, que também estudou na
London School of Economics, defendia o apoio aos refugiados sírios.
A deputada deixa dois filhos, de três e cinco anos.