O Aliança reclamou junto da Comissão Nacional de Eleições (CNE) e da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC), alegando parca cobertura noticiosa do roteiro que está a fazer pelo país, e pediu a intervenção do Presidente da República.
Em comunicado, o Aliança considera que “os órgãos de comunicação social estão a tratar esta força política com o mínimo respeito editorial que é devido a um Estado de direito”.Em causa está o roteiro “Levanta-te do sofá”, uma série de oito semanas temáticas nas quais o presidente do partido, Pedro Santana Lopes, tem visitado vários pontos do país, com o objetivo de recolher contributos para o programa eleitoral.
Na carta dirigida às duas instituições na semana passada, a Aliança alega que tem “assistido a um tratamento desigual das iniciativas dos partidos por parte da comunicação social” mas salienta que “tampouco reclama igualdade”, mas sim “apenas justiça, que se consubstancie num tratamento da parte da comunicação social que, ao menos, seja equitativo”.
O partido pede à CNE e à ERC “que tomem as medidas conducentes” e reclama “uma cobertura noticiosa não inferior a 30% daquela que é dispensada aos partidos atualmente com representação no parlamento”.
Hoje, a Aliança emitiu novo comunicado onde refere que “enviou ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, uma carta, onde manifesta a sua indignação pelo facto de os partidos sem representação parlamentar não terem cobertura informativa pelos órgãos de comunicação social”. Nessa carta, a Aliança diz ao Presidente da República que tem de pôr cobro a esta situação”, lê-se na nota, onde o partido acrescenta que “concorrer a uma eleição sem cobertura dos órgãos de comunicação é como alguém concorrer a um concurso público e não poder apresentar a sua proposta”.
Caso não sejam registadas “alterações imediatas à situação - sendo a mais grave na RTP e Antena 1”, o partido anuncia que “apresentará queixa junto das instâncias internacionais”. “Até agora, por exemplo a RTP, a nível nacional não apareceu nem uma só vez. A Aliança interroga-se: é isto uma democracia?”, remata o comunicado.