O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, aceitou hoje a exoneração do secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro, Miguel Alves, proposta pelo chefe do Governo, António Costa.
Segundo uma nota da Presidência da República, o chefe de Estado "aceitou hoje a proposta do primeiro-ministro de exoneração, a seu pedido, do secretário de Estado Adjunto do Primeiro-Ministro, Luís Miguel da Silva Mendonça Alves".
Esta nota foi divulgada cerca de meia hora depois de o gabinete do primeiro-ministro, António Costa, ter comunicado a demissão de Miguel Alves.
Miguel Alves, o secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro e ex-autarca de Caminha, foi acusado de prevaricação pelo Ministério Público (MP), no âmbito da Operação Teia.
O antigo autarca e secretário de Estado anunciou a demissão numa carta enviada ao primeiro-ministro, António Costa, e a que a Renascença teve acesso.
Na carta missiva, Miguel Alves diz sair do Governo de consciência tranquila. "Agradeço a confiança depositada em mim pelo primeiro-ministro, o trabalho que foi possível fazer com todos os membros do Governo ao longo das últimas semanas. Estou de consciência tranquila, absolutamente convicto da legalidade de todas as decisões que tomei ao serviço da população de Caminha e muito empenhado em defender a minha honra no local e tempo próprio da justiça", declara Miguel Alves.