Uma nova valsa, da autoria de Frédéric François Chopin, foi recentemente descoberta no The Morgan Library and Museum, em Nova Iorque, EUA. Esta é uma obra com aproximadamente 200 anos e foi encontrado por um curador do museu, Robinson McClellan. É a primeira grande descoberta deste género em mais de 50 anos.
"O que está a acontecer aqui? O que é isto?", foram as primeiras perguntas do curador ao deparar-se com o artigo n.º 147 no meio de uma coleção de recordações culturais, dentro do cofre do museu, segundo avança o The New York Times.
Pelo meio de postais de Picasso, cartas de Brahms e fotografias de atrizes francesas, um manuscrito desconhecido de Chopin, de seu titulo "Valse", foi o que saltou à vista do curador, que rapidamente se prontificou a tocar as notas no piano. Mas alguns pormenores na obra suscitaram algumas dúvidas da autenticidade daquele manuscrito: algumas das notas utilizadas eram pouco comuns nas obras de Chopin.
As dúvidas levaram-no a recorrer à ajuda de um especialista. Dessa forma, foi preciso analisar várias particularidades de outras obras de Chopin a fundo como, por exemplo, o papel e a tinta utilizados na escrita, a caligrafia - este manuscrito apresentava um símbolo de clave igual a outros já conhecidos - e um rabisco que Chopin gostava de colocar nos seus manuscritos.
Depois de testados todos estes elementos, o Museu Morgan diz ter "total confiança" na sua conclusão e que não restam duvidas: este manuscrito é mesmo uma valsa desconhecida de Fréderic Chopin.
“Agora é tempo de o divulgar para que o mundo dê uma vista de olhos e forme as suas próprias opiniões”, disse McClellan.