O presidente da Assembleia Geral das Nações Unidas, Miroslav Lajcák, lamenta a decisão do Governo dos Estados Unidos de se desvincular do processo para adopção de um pacto global sobre migração segura, regular e ordenada.
Na Declaração de Nova Iorque sobre Refugiados e Migrantes, todos os Estados-membros da ONU reconheceram que nenhum Estado pode gerir a migração internacional por conta própria. Além disso, comprometeram-se a fortalecer as políticas globais de migração. Para o efeito, os Estados-membros acordaram ao mais alto nível lançar um processo que conduzisse à adopção de um pacto global em 2018, recorda o porta-voz de Miroslav Lajcák num comunicado publicado na página da Assembleia Geral das Nações Unidas.
O papel dos Estados Unidos neste processo é crítico, pois tem recebido histórica e generosamente pessoas de todo o mundo e continua a ser a casa do maior número de migrantes internacionais no mundo, afirma o comunicado, sublinhando que, como tal, este país tem a experiência e o conhecimento necessários para ajudar a "garantir que esse processo tenha um resultado bem-sucedido".
"O presidente salienta que a migração é um fenómeno global que exige uma resposta global e que o multilateralismo continua a ser a melhor forma de enfrentar os desafios globais", acrescenta. Por isso, adianta ainda, as Nações Unidas precisam "do apoio de todos os Estados-membros para chegar a um consenso sobre esta questão complexa".