Hermano Sanches Ruivo, vereador português na Câmara de Paris, entende que a decisão tomada pelo governo francês, de albergar um máximo de cinco mil adeptos no estádio por jogo, foi a mais correta.
A decisão do governo francês contrasta com a das autoridades portuguesas, que insistem em não permitir o regresso dos adeptos aos estádios. Em entrevista a Bola Branca, Hermano Sanches Ruivo sublinha que "um estádio com 30, 40, 50 mil lugares acolhe, certamente, cinco mil pessoas em segurança".
"A vida continua e temos de viver com a Covid. A decisão do governo francês de permitir um número limitado de espectadores nos estádios parece-me lógica. A experiência de ter cinco mil pessoas nos estádios é natural, porque a vida tem de continuar, as crianças estão a regressar à escola, há pessoas em teletrabalho, mas também há quem tenha de ir para o escritório. O governo será o primeiro a dizer que tudo volta atrás se as coisas correrem mal. Temos de ver como a situação vai evoluir", refere.
A situação, no futebol francês, é avaliada dia a dia, jogo a jogo, estádio a estádio. Até agora, não há registo de incumprimentos, com os clubes de diferentes dimensões a perceber que há que ser rigoroso.
"Há outros eventos com centenas de pessoas e o importante é que as medidas de segurança sejam respeitadas. Claro que existem outros escalões onde é necessária essa disciplina, também. Ainda no sábado, tivemos um jogo da segunda divisão, aqui em Paris, e tivemos de organizar a presença de cerca de 250 pessoas. Há milhares de clubes de outras divisões. Estamos a assistir a uma abertura generalizada dos estádios mas com uma enorme preocupação sobre a própria evolução das coisas", conclui.