Os dois símbolos da Jornada Mundial da Juventude vão peregrinar por todas as Dioceses de Portugal já a partir de novembro. A peregrinação é organizada pelo Departamento Nacional da Pastoral Juvenil, da Comissão Episcopal Laicado e Família da Conferência Episcopal Portuguesa.
De acordo com o calendário divulgado esta quarta-feira pela equipa de comunicação da JMJ Lisboa, os dois símbolos vão estar um mês em cada diocese: a primeira será a do Algarve, em novembro, seguindo-se Beja, em dezembro. Em janeiro de 2022 serão acolhidos em Évora, passando depois para Portalegre-Castelo Branco (fevereiro), Guarda (março), Viseu (abril), Funchal (maio), Angra (junho), regressando ao continente em julho, na diocese de Lamego.
De 4 a 7 de agosto de 2022 os dois símbolos irão acompanhar a Peregrinação Europeia de Jovens a Santiago de Compostela, seguindo depois para a diocese de Bragança-Miranda. Em setembro irão para Vila Real, seguindo o Porto (outubro), Setúbal (novembro) e a diocese das Forças Armadas e Segurança (dezembro).
Em janeiro de 2023 a Cruz e Ícone serão recebidos na diocese de Viana do Castelo, seguindo-se Braga (fevereiro), Aveiro (março), Coimbra (abril), Leiria-Fátima (maio), Santarém (junho) e Lisboa (julho), onde a JMJ irá decorrer entre os dias 1 e 6 de agosto.
Foi há quase um ano (22 de novembro 2020) que a Cruz Peregrina e Ícone de Nossa Senhora foram entregues aos jovens portugueses pelos jovens do Panamá – onde decorreu a anterior JMJ – numa Eucaristia presidida pelo Papa Francisco, no Vaticano, na Solenidade de Cristo Rei.
Apesar das restrições impostas pela pandemia, ao longo de 2021 os símbolos da JMJ peregrinaram em Angola (entre 8 de julho e 17 de agosto), na Polónia (de 21 de agosto a 1 de setembro) e em Espanha, desde 5 de setembro, terminando esta sexta-feira, 29 de outubro, com a entrega da Cruz e do Ícone aos jovens portugueses da diocese do Algarve, durante uma travessia simbólica do rio Guadiana.
Os símbolos
Com 3,8 metros de altura, a Cruz Peregrina foi confiada por São João Paulo II aos jovens, em 1984, para que fosse levada por todo o mundo. Desde aí já peregrinou por quase 90 países dos cinco continentes. Foi transportada a pé, de barco, mas também por trenós, gruas e tratores. Passou pela selva, visitou “igrejas, centros de detenção juvenis, prisões, escolas, universidades, hospitais, monumentos e centros comerciais”, lembra o comunicado enviado pela equipa de comunicação da JMJ.
Desde 2000 que a Cruz Peregrina é acompanhada pelo Ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani, que retrata a Virgem Maria com o Menino nos braços. O ícone original encontra-se na Basílica de Santa Maria Maior, onde o Papa Francisco costuma rezar e deixar um ramo de flores, antes e depois de cada viagem apostólica. Com 1,20 metros de altura e 80 centímetros de largura, está associado a uma das devoções marianas mais antigas em Itália, onde é levado em procissão pelas ruas de Roma, para afastar perigos, ou pôr fim a pestes.