Os accionistas do BPI, reunidos esta sexta-feira em assembleia-geral no Porto, chumbaram a proposta da administração de cisão dos activos africanos. A informação foi avançada em comunicado divulgado junto da Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
A operação pretendia dar resposta às exigências do Banco Central Europeu (BCE) para que o banco reduza a sua exposição a Angola. O prazo limite para resolver o problema, 31 de Março, está cada vez mais próximo.
Para que a separação entre o BPI e os activos africanos fosse aprovada era necessário uma maioria de dois terços dos votos favoráveis à operação.
Assim, era imprescindível o apoio da Santoro, sociedade de Isabel dos Santos, que com 18,6% do capital do banco tem poder de veto sempre que uma decisão exige uma maioria qualificada devido à blindagem de estatutos, que a administração do banco pretende agora eliminar.