Se não forem encontrados novos mecenas, as crianças apoiadas pela Raríssimas no norte do país podem ter os tratamentos em risco.
A direção da delegação da associação assume que os donativos diminuíram de forma substancial na sequência do caso que envolve a antiga presidente da instituição.
Quase meio ano depois da polémica que afetou a organização, o diretor Nuno Branco diz à Renascença temer pelo apoio às crianças, se não surgirem novos contributos ou se não regressarem os que se afastaram.
“As famílias continuam connosco, continuamos a fazer o nosso trabalho e tornou-se bastante mais difícil encontrar mecenas, apoios financeiros que permitam comparticipar as terapias para estas crianças raras que necessitam. Nem estas famílias têm capacidade para nos pagar o serviço nem nós temos capacidade para o oferecer gratuitamente”, disse.
O diretor Nuno Branco faz as contas a quanto custam os tratamentos das 40 famílias que apoiam: “Uma hora de fisioterapia corresponde a 30 euros. É fácil extrapolarmos os custos de uma criança que faça três ou quatro vezes fisioterapia por semana e percebemos que são valores incomportáveis. Cada criança poderá ter uma necessidade entre os 5 e os 15 mil euros anuais em custos de terapia”.
Para tentar garantir novos donativos, a associação promove, este sábado, um "open day" na Maia. Uma forma, também, de dar a conhecer o trabalho da Raríssimas.