Mais de 700 bombeiros continuam a combater o fogo que,desde o início da tarde de sexta-feira, lavra no concelho de Monchique, mas sem ameaçar povoações, disse fonte da Proteção Civil.
O dispositivo de combate ao fogo continua a tentar controlar o fogo, mas “a orografia difícil” e “o muito material combustível”, aliados “às elevadas temperaturas” que se fazem sentir na zona, estão a dificultar o trabalho, disse à agência Lusa fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Faro.
As autoridades dizem estar preparadas para atuar caso seja necessário proceder à retirada de alguma população de zonas afetadas pelo incêndio, o que já aconteceu na sexta-feira, em Taipas, e ao início da madrugada de hoje, em Foz do Carvalhoso, “por precaução”.
A principal prioridade dos bombeiros, segundo o comandante distrital de operações de Faro, é “combater o fogo em segurança para populações e combatentes” e há “agentes da GNR, Cruz Vermelha Portuguesa e Proteção Civil Municipal a postos para a eventualidade de ser necessário retirar pessoas de alguma zona”.
Vaz Pinto disse que, até ao início da tarde, apenas houve perdas de algumas construções de apoio à atividade agrícola, sem precisar um número, e deu também conta de que os bombeiros que precisaram de atendimento médico durante o dia de sexta-feira “já todos se encontram recuperados”.
Às 16h30, integravam o dispositivo de combate ao incêndio 724 operacionais, com o apoio de 193 veículos, uma dezena de máquinas de rasto e dez meios aéreos, segundo a fonte do CDOS de Faro.
O incêndio, que deflagrou cerca das 13h30 de sexta-feira, já consumiu uma área de cerca de mil hectares e há ainda zonas inacessíveis a meios terrestres.
Face à dimensão do incêndio, o Plano Municipal de Emergência de Monchique foi ativado ao início da madrugada de hoje.