A Ucrânia acusou esta terça-feira a Rússia de pretender "desestabilizar" a região separatista moldava pró-russa da Transnístria, junto à fronteira ucraniana, após uma série de explosões que suscitaram o receio de um alastramento da guerra no país vizinho.
“A Rússia pretende desestabilizar a região da Transnístria, o que sugere que a Moldova deverá aguardar a vista de ‘convidados'”, declarou no Twitter o conselheiro da presidência ucraniana Mikhailo Podoliak, numa referência aos soldados russos que invadiram a Ucrânia em 24 de fevereiro.
“Se a Ucrânia cair, amanhã as tropas russas estarão às portas de Chisinau”, a capital moldava, prosseguiu Podoliak, apelando ao “trabalho em equipa” para que Kiev possa “garantir a segurança estratégica da região”.
Os serviços de informações militares ucranianos asseguraram por sua vez no Telegram que Moscovo está a preparar um “ataque com mísseis contra a Transnístria com vítimas civis”, para de seguida acusar Kiev.
Os soldados russos presentes na Transnístria foram colocados em “estado de alerta total”, afirmou em paralelo o Ministério da Defesa ucraniano.
A Moldova apelou à “calma” e anunciou medidas para reforçar a segurança, denunciando as explosões ocorridas na Transnístria como uma “tentativa para aumentar as tensões”.
Estas explosões ocorreram na segunda-feira e hoje nesta região separatista apoiada económica e militarmente pela Rússia. Danificaram uma torre de rádio, colocando fora de serviço duas “potentes” antenas que estabeleciam a ligação das frequências radiofónicas russas.