Agências europeias deixam cair uso de máscara nos aviões e aeroportos
11-05-2022 - 10:17
 • Cristina Nascimento

Recomendação do Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças e da Agência Europeia para a Segurança da Aviação lembram que a máscara continua a ser uma das melhores proteções contra o novo coronavírus.

Duas agências europeias atualizaram as normas para as viagens de avião, deixando de ser obrigatório o uso de máscara nos aeroportos e dentro dos aviões.

"A partir da próxima semana, as máscaras deixam de ser obrigatórias nas viagens aéreas em todos os casos”, afirma em comunicado o diretor executivo da Agência Europeia para a Segurança da Aviação, Patrick Ky.

Apesar desta mudança, esta agência recorda os passageiros devem “respeitar as escolhas” de cada passageiro e quem apresentar sintomas como tosse e espirros “deve pensar seriamente em usar máscara”, dado que “a máscara continua a ser uma das melhores proteções contra a Covid-19”.

A mudança das regras, feita em conjunto com o Centro Europeu do Controlo de Doenças, entra em vigor a partir de 16 de maio.

No mesmo comunicado, a diretora do Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças, Andrea Ammon refere que “apesar de continuarem a existir riscos, verifica-se que as intervenção não medicamentosas e as vacinas têm permitido que as nossas vidas comecem a regressar ao normal”, reiterando que o uso da máscara bem como “a distância física e a higienização das mãos devem ser aconselhadas aos passageiros, para sua segurança”.

A decisão é tomada numa altura em que, em Portugal, especialistas do Instituto Superior Técnico referem que é muito possível que se esteja a adivinhar uma sexta vaga da doença.

Portugal foi o país da União Europeia que mais novos casos de Covid-19 registou por milhão de habitantes na última semana. Em todo o mundo, apenas dois países, Austrália e Nova Zelândia, registaram uma maior incidência em sete dias.

Na primeira semana de maio, Portugal confirmou uma média diária de 1.154 novos casos por milhão de habitantes, números superiores aos 827 casos por milhão de pessoas na Alemanha, a Finlândia (com 766) e Itália (696). Chipre e Luxemburgo, embora com menos de um milhão de habitantes, registam também incidências da Covid-19 altas.