As autoridades norte-americanas informaram que estão a acompanhar a limpeza de uma fuga de 1,5 milhões de litros de água radioativa de uma central nuclear, no Minnesota.
A Xcel Energy, a empresa de serviços públicos que gere a central, afirmou que o derrame foi "totalmente contido no local e não foi detetado além central". De acordo com a BBC, os funcionários do Estado asseguraram também que não há risco imediato para a saúde pública.
A publicação explica ainda que água em questão está contaminada com trítio, um subproduto comum das operações das centrais nucleares. Este isótopo radioativo natural do hidrogénio emite uma forma fraca de radiação beta que não viaja muito longe através do ar e que não consegue penetrar na pele humana, segundo a Comissão Reguladora Nuclear (NRC).
Os derrames de trítio ocorrem ocasionalmente nas centrais nucleares, mas são tipicamente contidos no local e raramente afetam a saúde pública ou a segurança, refere ainda a NRC.
A Xcel descobriu a fuga pela primeira vez a 21 de novembro e disse ter notificado o estado e o NRC no dia seguinte.
"Se em algum momento tivesse havido preocupação com a segurança pública, é claro que teríamos imediatamente fornecido mais informações. Mas também queríamos ter a certeza de compreender plenamente o que se passava antes de começarmos a levantar quaisquer preocupações junto do público que nos rodeava", disse Chris Clark, presidente da Xcel Energy-Minnesota, Dakota do Norte e Dakota do Sul, em declarações à CBS News.
A empresa garantiu ainda, na quinta-feira, que "tomou medidas rápidas para conter a fuga para o local da fábrica, o que não representa qualquer risco para a saúde e segurança da comunidade local ou para o ambiente".
O Departamento de Saúde do Minnesota assegurou também que a fuga não chegou ao rio Mississippi. Já os funcionários do Estado, confirmaram que a água permanece contida na propriedade da Xcel e que não representa qualquer risco imediato para a saúde pública.
A Xcel Energy informou que foi realizada uma inspeção na fábrica, em todos os pontos onde poderiam ocorrer fugas, e que irão examinar a tubagem em laboratório.
Cerca de um quarto do trítio derramado foi recuperado e a empresa está a ponderar como tratar, reutilizar ou eliminar este isótopo radioativo e a água recolhidos.