No próximo dia 15 de novembro, data em que se assinala mais um Dia Mundial dos Pobres, instituído pelo Papa Francisco, a Cáritas Portuguesa aproveita a ocasião para lançar mais uma campanha "10 Milhões de Estrelas - Um Gesto pela Paz".
A mensagem associada a esta data "Estende a tua mão ao pobre", "reflete o pedido de ajuda tão necessário neste momento de crise social que vivemos", sublinha o Presidente da Cáritas.
Eugénio Fonseca admite que "uma vez mais contamos com a solidariedade dos portugueses que, ao adquirirem uma 'estrela vela', com o valor simbólico de dois euros, estão a ajudar-nos a construir uma sociedade mais inclusiva e equitativa".
As velas podem ser compradas nas Cáritas Diocesanas, nas paróquias e numa cadeia de supermercados bem conhecida que habitualmente tem à venda este produto. Para quem preferir, pode ainda ser adquirida de forma online através do site da Cáritas Portuguesa e no portal Compra Solidária.
Os donativos angariados vão contribuir para que esta organização, que pertence à Igreja Católica, possa ajudar os mais pobres.
Este ano, e ao contrário do que costumava suceder, "em que uma percentagem do valor recolhido era encaminhado para apoiar um projeto humanitário internacional, foi decisão da Cáritas Portuguesa, perante a emergência que o país enfrenta, canalizar a totalidade das verbas angariadas para apoiar as famílias que, em Portugal, vivem situações de fragilidade".
Nesse sentido, 65% das verbas obtidas com a venda das velas "destina-se a apoiar a ação de cada Cáritas Diocesana no seu trabalho de apoio às pessoas mais necessitadas. Os restantes 35% são canalizados para o apoio às vítimas da pandemia de Covid-19".
Recorde-se, que entre abril e outubro deste ano, a organização apoiou, "no âmbito da sua campanha 'Inverter a curva da pobreza', perto de 6 mil pessoas em dificuldades devido à Covid-19, um número que acresce aos pedidos recebidos pela Cáritas num contexto anterior ao da pandemia".
Apesar das "necessidades ao nível alimentar que a rede nacional Cáritas continua a proporcionar às famílias, é cada vez mais uma das principais organizações na resposta financeira a pedidos concretos, destacando-se o apoio ao pagamento de despesas de rendas de habitação (61%), de despesas relacionadas com a saúde, como a aquisição de medicamentos e realização de exames médicos (17%) e ao pagamento de despesas relacionadas com a eletricidade (11%)".